22 de agosto de 2012
Aglailson & Elias sinalizam que usarão o Guia para continuar enganando o povo
O Guia Eleitoral no rádio e TV para os candidatos a prefeito começou hoje (22) em todo o País. É a chance dos majoritários debaterem as questões relacionadas a cidade e que a partir de então começa de fato a campanha que terá um volume maior de atividades.
A abertura do Guia em Vitória de Santo Antão foi uma decepção. Aqui apresenta-se três candidatos a Prefeito. O primeiro a abrir foi o ex prefeito José Aglailson (PSB), erroneamente chamado de Zé do Povo. Tocando um jingle muito bem trabalhado, o Guia do atual presidente da Câmara que conta com sua filha na vice, cantarola que a cidade precisa de mudança! renovação! volta da esperança! O que é isso? Desde quando uma personalidade que foi prefeito duas vezes representa o novo? O Guia do candidato do PSB assumiu claramente que domina a 100 anos, ou seja, a um século a família Queralvares se reveza na Prefeitura de Vitória de Santo Antão, começou com seu avô e depois seu pai. E pasmem! Se orgulham em dizer isso! Não esconderam no primeiro guia eleitoral que são realmente uma ‘oligarquia familiar’.
Aglailson, o único a apresentar proposta nesta quarta-feira, prometeu construir cinco Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s). Talvez em uma tentativa de copiar o modelo de gestão de saúde do Governo do Estado. Porém, Aglailson esqueceu de dizer que teve um aliado de primeira, nos últimos dez anos, no Hospital João Murilo, que foi Geraldo Enfermeiro (PSB), onde o Hospital tem humilhado o povo da Zona da Mata pelo precário atendimento. Sucatearam o João Murilo para beneficiar os outros hospitais da cidade, do qual contam com parentes e amigos como proprietários. Além dele e o próprio Elias Lira concordarem com a quase privatização do Hospital, quando o Governo do Estado anunciou a entrega da gestão a uma organização não governamental, tanto um como outro foram omissos diante desta atitude do Estado. Seria interessante um de nossos candidatos a prefeito assumirem o compromisso de assumir de vez a municipalização do Hospital João Murilo. Falta coragem?
O Guia do PSB colocou Eduardo Campos para falar da consolidação do Parque Industrial em Vitória, vendendo a falsa ideia de que o antigo gestor fora responsável. Todo economista sabe que Vitória de Santo Antão foi beneficiada pelo “efeito colateral” da interiorização do desenvolvimento econômico. Encerra dizendo que Aglailson é o “Pai da pobreza”. Realmente, a miséria persistente em Vitória é um resultado secular da ausência de políticas públicas patrocinadas por esta oligarquia.
Com relação ao Guia do candidato que tenta pela quarta vez dominar a Prefeitura de Vitória, o atual prefeito Elias Lira (PSD), preferiu vender a imagem de “bom moço”. Para ‘encher linguiça’ optou por falar da história de Vitória de Santo Antão e depois contar a sua. “Não vamos usar este espaço para falar de ninguém. Vamos falar do plano de governo, pois queremos fazer mais”, prometeu Elias. Para depois insistir na tese que ninguém aguenta mais escutar, de que pegou a Prefeitura com R$ 39 milhões e um comprometimento 58,9% da receita municipal com o funcionalismo. “Não comecei a trabalhar a dois anos, como falam”, tenta convencer. Elias Lira faltou dizer ao povo vitoriense que o seu governo nunca arrecadou tanto dinheiro em toda a existência da tricentenária Vitória de Santo Antão.
Em todo momento o Guia do atual prefeito tentou transparecer a emotividade da vida do candidato, reforçando a imagem de homem público familiar e religioso, talvez em uma tentativa de sinalizar um confronto com o perfil confuso da vida pessoal do seu principal adversário. Não apresentou nenhuma proposta e nem justificou o porquê da lentidão de seu governo.
Encerrando o Guia, Jailton Albuquerque do PT, aproveitou para também se apresentar e colocou esposa e filhos para atestar sua história de empresário vencedor que já foi pobre na Zona Rural de Vitória. O candidato acredita que a sua experiência como empresário do setor de supermercados servirá para contribuir com a gestão pública do Município.
Usou Lula, Dilma e o senador Humberto Costa como cabos eleitorais. “Quero de forma contundente dizer que faremos uma gestão participativa. Vitória tem que seguir o modelo econômico que vem dando certo em Pernambuco e no Brasil”, assegurou. Porém, o seu discurso de mudança e renovação se encontra sem conteúdo, na medida em que o candidato também não está debatendo as grandes questões da cidade.
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